O impacto da infraestrutura do transporte de caráter metropolitano na cidade através da tensão criada na sua implantação é o que este trabalho se propõe a enfrentar, a partir da questão que surge frente ao modo que se pode lidar com a nova relação criada entre a cidade e o eixo de infraestrutura ali inserido. Como lidar com essa tensão, através das remanescências geradas pela implantação do BRT - áreas aqui consideradas como espaços expectantes - se torna a questão a ser tratada nesta proposta. A partir disso, o ensaio se propõe a ajustar a malha urbana ao novo caráter gerado pela tensão da infraestrutura da mobilidade, entendendo o habitar - a consolidação de espaços de abrigo, trocas e produção, geradores da cidade - também como infraestrutura. Desse modo, pretende-se criar uma infraestrutura arquitetônica como suporte capaz de gerar espaços a essas atividades fundamentais, que possibilitem o habitar a cidade através de operações arquiteturais ao longo de um trecho de ensaio em Vicente de Carvalho.